Review: SSX

Review

Nota:

• GRÁFICOS8
 
• JOGABILIDADE7
 
• DIVERSÃO8
 
• SOM7

Prós

• Variedade de movimentos
• Tipos de modos de jogo
• Jogabilidade agradável

Contras

• Obstáculos que não funcionam
• Física falha diversas vezes

Conclusão

SSX é um jogo que diverte bastante, mas não chega a ser um titulo indispensável ao gênero radical. Mesmo pecando em apresentar gráficos nada fora do normal e com obstáculos que “não obstruem”, o game diverte com sua jogabilidade e suas manobras radicais, tornando-o uma espécie de Tony Hawk´s das montanhas geladas.

SSX é uma divertida e gelada competição nas alturas

Nome: SSX
Gênero: Esporte
Distribuidora: Eletronic Arts
Plataformas: PS3 e Xbox360 

SSX

Percorrer montanhas geladas em cima de uma prancha é uma tarefa um tanto perigosa, mas a EA deixa você curtir essa sensação no conforto da sua casa. SSX leva o melhor do snowboarding para os consoles da atual geração. Confira: 

Percorrendo montanhas geladas

O snowboarding sempre foi um ótimo exemplo de que o videogame nos proporciona momentos em que dificilmente poderíamos vivenciar na vida real. Afinal, é preciso muita coragem para descer montanhas gigantes em meio a diversos obstáculos e rampas em cima de uma simples prancha.

A modalidade é uma das mais populares e admiradas no cenários de esportes radicais. E no videogame isso se repete, pois desde jogos mais antigos, como a famosa série Cool Boarders – para PSOne – os saltos alucinantes já piravam a cabeça dos gamers. Já na geração 128 bits, a Eletronic Arts entrou de cabeça na história e lançou para os consoles da época a franquia SSX. Com uma repercução fria como as montanhas do jogo, a empresa decidiu encerrar a produção depois do fiasco do terceiro título.

Mas como os gamers andam carentes de títulos do gênero, a Eletronic Arts optou por ressucitar a franquia, e assim como em FIFA Street, resolveu começar do zero. Dessa forma, nada de contagem ou subtítulos, o jogo chama-se apenas SSX. 

Deslizando pelo mundo

SSX conta com três principais modos de jogo. O primeiro deles é o World Tour, que funciona como uma espécie de “modo carreira”. Nele o jogador escolhe um dos personagens do jogo em sua jornada ao redor do mundo, sendo que cada nova localidade é desbloqueada de acordo com o seu avanço no jogo.

O mais interessante deste modo é a maneira como ele é apresentado. Repleto de cenas de animação, o jogo também age como um tutorial para os iniciantes. Mas esse acompanhamento fica de lado logo nas primeiras provas, portanto, é preciso concentração. Caso contrário, fica difícil evoluir no modo.

Dentro do World Tour, o jogador confere provas que variam desde simples corridas, em que o vencedor é aquele que chega na frente, até provas em que é preciso pontuar com manobras aéreas ou somar metros a cada salto. O modo também conta com um sistema de evolução bem interessante, que permite ao jogador adquirir pontos e evoluir habilidade. Porém, vale lembrar que cada prova exige determinadas habilidades, como por exemplo, nas corridas, cuja prioridade é a velocidade.

Todos se encontram nas alturas

O modo Explore funciona de uma forma um pouco parecida com o World Tour. A grande diferença é que os eventos já estão habilitados, mas é necessário utilizar seus pontos para desbloqueá-los. Entretanto, esses pontos podem ser adquiridos em ambos os modos.

Já no modo Global Events, existem todos esses eventos, mas é preciso estar conectado para participar. Eles contam com um ranking mundial e o jogador ganha medalhas de acordo com a média de pontos obtidos ou do tempo final da prova. Em outras palavras, cada medalha possui uma média de pontos (ou tempo) e você precisa cravar essa pontuação para obter tal conquista e subir posições.

O mais interessante do modo online são as estatísticas de cada localidade. Nelas você pode observar quantas pessoas estão online, quantos amigos estão nesses eventos e quantos pontos eles podem render ao jogador. E o melhor de tudo é que não foi possível notar qualquer problema relacionado a travamento ou quedas de frames em todas as provas.

Deslizando de forma eficiente em meio aos bugs

A jogabilidade de SSX tem seus altos e baixos. A parte boa é que a movimentação em cima da prancha é reproduzida de uma maneira bem convincente. As manobras também são realizadas de uma forma macia, com um bom tempo de resposta aos comandos.

Sobre a sensação de velocidade, a opinião é dividida. Por mais que passe uma boa sensação do quanto as pranchas podem deslizar pelas montanhas, ela deixa o controle do personagem de uma maneira um pouco automática, ou seja, sem respeitar os comandos para a direita e para esquerda. Com isso, não é difícil deparar-se com o atleta disparando entre montanhas e túneis sem controle algum.

A parte ruim fica por conta dos bugs do jogo. Por mais que as descidas sejam em meio a árvores, rochas e até construções abandonadas, elas interferem muito pouco no rendimento das descidas, uma vez que o personagem quase sempre atravessa esses obstáculos no melhor estilo “ghost”. E se não bastasse, até quando a velocidade não conspira contra o jogador é possível notar esses bugs. Um grande exemplo é quando o personagem fica parado atrás de um tronco de árvore e resolve saltar sem sucesso algum para tentar fugir do obstáculo. Diante desses bugs, a credibilidade do jogo cai bastante, mas felizmente, não o suficiente para que você desista dele.

Visual que agrada

Os gráficos de SSX estão longe de ser um dos melhores do gênero esportivo, porém, também não há motivos para criticá-los. A verdade é que eles divergem entre alguns elementos que possuem um capricho maior do que outros.

Os cenários do jogo agradam bastante, pois eles conseguem ambientar o jogador em suas respectivas localidades, ao mesmo tempo em que passam uma sensação de vertigem – na hora dos saltos – sem deixar aquele clima de “exagero” comum no mundo dos games, como na hora de pôr penhascos sobre penhascos.

Porém, os personagens e os elementos que constituem esses cenários, deixam a desejar. Apesar desses personagens possuírem características que diferem bastante uns dos outros, deixam a sensação de mesmice, pois apenas as roupas e a cabeça mudam em cada um. Já os obstáculos, deixam o jogador um pouco perdido, por serem bem parecidos e posicionados quase sempre da mesma forma. Com isso, cabe ao jogador decorar bastante o trajeto e procurar algo que o faça distinguir os locais por onde passa.

Conclusão

SSX é um jogo que diverte bastante, mas não chega a ser um título indispensável ao gênero radical. Mesmo pecando em apresentar gráficos nada fora do normal e com obstáculos que “não obstruem”, o game diverte com sua jogabilidade e suas manobras radicais, tornando-o uma espécie de Tony Hawk's das montanhas geladas.