terça-feira, 24 de abril de 2012

Review: Silent Hill - Downpour

Review

Nota:
  • 6
  •  
  • 5
  •  
  • 9
  •  
  • 8




Prós
  • Sustos e mais sustos
  • Missões secundárias
  • Legendas em português
Contras
  • Travamentos frequentes
  • Gráficos medianos
  • Sistema de combate falho
  • Muitos bugs
  • Inteligência Artificial poderia ser melhor










Conclusão
Silent Hill Downpour traz de volta o horror em uma geração que parece tentar extinguir os jogos do gênero, transformando as principais séries em games de pura ação. O lançamento inova com missões secundárias que agradam e prolongam a vida útil do jogo. Pena que a péssima jogabilidade, os gráficos simples e os bugs façam com que o jogo agrade apenas quem é muito fã da série ou do gênero. Oremos para um DLC que corrija boa parte desses problemas.



Confira uma análise em vídeo do Santa Games:


Silent Hill Downpour é um ótimo jogo de terror por trás dos bugs


Nome: Silent Hill Downpour
Gênero: Terror
Distribuidora: Konami
Plataformas: PS3 e Xbox360
Silent Hill Downpour (Foto: Divulgação)Silent Hill Downpour
A franquia de terror mais popular do mundo dos games está de volta. Silent Hill Downpour, da Konami, é um dos poucos jogos atuais a manter o terror como plano principal na narrativa.
O terror está de volta!
Silent Hill Resident Evil reinavam absolutos no gênero terror ainda na geração 32 bits. Ao contrário da rivalidade existente entre jogadores de FIFA e de PES, os dois títulos mantinham um duelo sadio que não dividia público. Era inclusive difícil encontrar alguém que optava por jogar apenas uma das franquias. Silent Hill sempre foi muito mais focado em colocar o jogador dentro de um filme de terror, enquanto Resident Evil dava mais ênfase aos combates e à solução de quebra-cabeças.
As franquias evoluíram. Resident Evil saiu totalmente dos trilhos do terror e migrou para o popular gênero da ação, enquanto Silent Hill manteve o padrão arrepiante dos títulos anteriores. Os lançamentos de Silent Hill, porém, pecavam pelos gráficos e pela jogabilidade, e foram duramente recebidos pela crítica especializada.
Em Silent Hill Downpour, a Konami mostra que não abandonará tão cedo as suas origens, mas os controles continuam sendo um problema. O investimento em um enredo envolvente e em uma narrativa repleta de terror se mostra insuficiente perante aos controles, que funcionam muito mal.
Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação) (Foto: Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação))
Bem vindo a Silent Hill (de novo)
Mais uma vez a trama se passa na cidade mais assustadora do mundo dos games e que dá nome ao jogo. Dessa vez, o protagonista é Murphy, um presidiário que sofre um acidente com o ônibus que o levaria para uma outra penitenciária. A partir daí, Murphy tenta procurar ajuda na cidade, mas acaba se deparando com diversos eventos estranhos no lugar. Durante boa parte do tempo, a história do personagem se mantém em sigilo, mas, ao longo do jogo, ela se desenrola de uma maneira que merece elogios.
Para que os jogadores mais antigos não caiam em uma mesmice, a Konami apresenta uma Silent Hill de outro ponto - literalmente. Dessa vez, tudo acontece no lado oeste e, com isso, o jogador se depara com lugares nunca antes visitados, como as minas da cidade, a delegacia, o banco e o prédio onde funciona a rádio local.
Os locais mantêm o clima da franquia, com a famosa neblina que nunca cessa e o breu total, em que é mais do que necessário utilizar uma lanterna ou um isqueiro. Uma novidade é a possibilidade de encontrar rotas alternativas para o seu objetivo, graças a trilhas subterrâneas espalhadas por toda a cidade.
Silent Hill: Downpour (Foto: Divulgação)
Missões secundárias são a grande novidade
Silent Hill sempre foi um jogo que se dividia em caçar itens, desvendar quebra-cabeças e eliminar as criaturas bizarras (ou fugir delas). Downpour mantém essa mecânica que agrada - uma indireta pra você, Capcom! - e acrescenta uma novidade, as missões paralelas.
Elas surgem a todo momento e deixam o jogador na dúvida: desvendá-las ou seguir pela trama principal. Claro que essa resposta varia de jogador para jogador, mas é um tanto difícil ignorá-las, uma vez que algumas acabam sendo solucionadas dentro da campanha principal.
O que não é novidade, mas que se mostra mais eficiente do que nos últimos jogos, é a forma com que os sustos são apresentados na trama. Desde aves que voam do meio da floresta a desmoronamentos, é difícil não se assustar ao longo da trama, que, sem contar com as missões secundárias, chega a durar dez horas.
Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação) (Foto: Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação))
Jogabilidade péssima
Infelizmente, os controles de Silent Hill Downpour são um verdadeiro pesadelo. A começar pela movimentação do personagem, que se mexe de forma “dura”, quase como um robô. Isso sem falar nos “polígonos invisíveis” que o prendem em determinados pontos, obrigando o jogador a descobrir maneiras de contorná-los.
O sistema de combate consegue ser pior ainda. Os golpes desferidos pelo personagem não são nada reais, e a defesa funciona de uma forma ineficiente. Cada arma possui pontos altos e baixos. Por exemplo, um pedaço de madeira é rápido para golpear, mas não causa muito dano, além de quebrar com facilidade. Enquanto isso, um machado golpeia de forma mais lenta e causa mais danos aos inimigos.
A grande vantagem é que as armas estão em todas as partes, sendo praticamente impossível ficar sem ter com o que golpear o adversário. No fim das contas, as armas de fogo continuam sendo a melhor opção. Primeiro por contarem com uma mira semiautomática que facilita bastante o trabalho, mesmo que não seja 100% eficiente; depois por permitirem acertar o inimigo sem se aproximar dele, uma vez que o combate franco sempre acarreta em algum dano.
Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação) (Foto: Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação))
Gráficos decepcionam
Se em Silent Hill 2 a Konami surpreendeu o mundo com gráficos incríveis, Silent Hill Downpour mostra que, infelizmente, esse padrão de qualidade está caindo em um abismo. Os gráficos do jogo são simples e bem serrilhados, o que causa um certo mal-estar a jogadores mais exigentes.
O efeito de sombra e luz sempre foi algo fundamental em Silent Hill, causando um certo arrepio no jogador ao percorrer lugares em meio ao completo breu. Em Downpour esses momentos persistem, mas não causam o mesmo impacto. Isso deve-se ao fato de não haver um meio-termo entre o claro e o escuro, ou seja, você só enxerga o círculo de luz da sua lanterna, fazendo com que não exista aquela divisão entre o muito claro e o totalmente escuro.
Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação) (Foto: Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação))
Os inimigos também decepcionam. Além de não haver uma variedade, todos são idênticos. Há um exército de gêmeos que atormentam a sua vida ao longo de todo o jogo. Eles também possuem pouquíssimos detalhes, deixando uma saudade das enfermeiras diabólicas que aparecem em outros jogos da série.
E como se não bastasse, eles também não são inteligentes, em alguns momentos você pode meter balas à vontade neles e eles nem se darão a trabalho de caçá-lo, ficam apenas parados esperando a morte chegar.
Para completar, nem as cenas de animação - famosas “CGs” - escaparam do fiasco. A expressão facial dos personagens é artificial e é possível notar falhas de sincronismo entre o som e a fala do protagonista. E pensar que em Silent Hill 2 a Konami impressionava com cenas como essa abaixo:

Bugs malditos
Não poderíamos terminar o review sem falar no elemento principal do jogo: os bugs. Eles são muitos e atormentam a sua vida como aquele "bicho-papão" que apavorava seus sonhos na infância.
O mais comum deles é a queda brusca de frames. Sabe quando um PC antigo tenta rodar jogos mais pesados e “quica” a tela? Silent Hill Downpour faz o jogador vivenciar isso em um console da atual geração. E o pior? A Konami não faz o mínimo de esforço para resolver isso lançando um DLC de correção.
Ao longo do jogo também vivenciamos momentos em que o personagem atravessa uma parede - que misteriosamente foi fechada depois de suas tábuas serem quebradas - e em que itens que simplesmente somem do inventário.
São problemas que pareciam ter sido superados nesta atual geração de consoles. Por mais que você seja fã do jogo, é difícil não se sentir incomodado com problemas como esses em um título que prometia muito.
Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação) (Foto: Silent Hill Downpour para PlayStation 3 e Xbox 360 (Foto: Divulgação))
Conclusão
Silent Hill Downpour traz de volta o horror em uma geração que parece tentar extinguir os jogos do gênero, transformando as principais séries em games de pura ação. O lançamento inova com missões secundárias que agradam e prolongam a vida útil do jogo. Pena que a péssima jogabilidade, os gráficos simples e os bugs façam com que o jogo agrade apenas quem é muito fã da série ou do gênero. Oremos para um DLC que corrija boa parte desses problemas.

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