Review: Uncharted - Golden Abyss

Review

Drake está de volta e suas aventuras se passam no novo console portátil da Sony, oPS Vita. O jogo impressiona pelos gráficos, que dão uma prévia do que a plataforma pode oferecer. Confira o review!

Nota:

• GRÁFICOS10
 
• JOGABILIDADE8
 
• DIVERSÃO9
 
• SOM8

Prós

• Gráficos impressionantes
• Uso do touchscreen do PS Vita
• Jogabilidade única

Contras

• Muito linear
• Enredo simples demais
• Dificuldade baixa

Conclusão

Uncharted Golden Abyss é a grande vitrine do PS Vita. Com gráficos incríveis e uma jogabilidade única, o jogo brinca de utilizar todos os recursos do console da Sony. Entretanto, a linearidade, a dificuldade baixa e o roteiro sem graça podem afastar os fãs da série.

Uncharted Golden Abyss é o melhor jogo para PS Vita

Nome: Uncharted: Golden Abyss
Gênero: Aventura
Distribuidora: Sony
Plataformas: PS Vita

Uncharted: Golden Abyss

Uma nova aventura

Uma prática bem conhecida de algumas desenvolvedoras é promover um grande título para o lançamento de um console. Na época em que o PS3 foi lançado, jogos como Metal Gear 4 ajudaram a impulsionar as vendas. Afinal, sem um bom jogo, o videogame não tem tanta graça assim, mesmo que haja um player de Blu-ray integrado.


Confira um gameplay do Uncharted para o PlayStation Vita:

Dessa vez, não foi Metal Gear que surgiu como grande lançamento, mas sim outra franquia de sucesso: Uncharted. As aventuras de Drake foram a grande aposta da Sony para alavancar as vendas do portátil. O jogo utiliza boa parte das "tecnologias" do aparelho, como otouchscreen e o sensor giroscópio.

Se as vendas do console não foram um grande sucesso, pelo menos a Sony conseguiu impressionar. Uncharted é o jogo mais vendido para o console nesses primeiros meses de vida. O motivo? Você vai entender ao longo desta análise!

A volta de Drake

Uncharted Golden Abyss se passa antes do primeiro título para PS3. Aqui, Drake viaja até a América Central para desvendar um mistério de uma antiga expedição espanhola que pretendia colonizar a região. Durante sua jornada, ele acaba se deparando com um grupo revolucionário, comandado pelo general Guerro. Este pretende encontrar os tesouros perdidos nas ruínas para financiar uma guerra civil.

Dessa vez, Drake não está acompanhado dos conhecidos Helena e Sullivan. Sua companheira na maior parte do tempo é a arqueóloga Marissa Chase. E, por mais que a personagem participe constantemente da trama, ela não possui o mesmo carisma de Helena.

Embora a história pareça empolgante no início, os excessos do jogo acabam tornando-a previsível e sem grandes reviravoltas. O foco da Bend Studio em mostrar as funcionalidades do jogo, como o touchscreen e os controles do console, deixou a história totalmente de lado.

As mil e uma funções do PS Vita

Uncharted não é apenas um bom jogo, é uma vitrine para o novo console da Sony. A empresa consegue demonstrar as principais funcionalidades do console com o jogo da Bend.

A primeira delas é o touchscreen. As famosas escaladas de Drake são fáceis de executar: basta tocar na tela frontal onde desejar. A "trilha" que Drake deve seguir é mais nítida e muitas vezes colorida em amarelo ou branco. A tela também é usada para realizar outros movimentos, como cortar bambus com a faca ou até mesmo limpar antigos manuscritos.

O touchscreen de trás também tem suas funções. A principal delas é dar zoom na hora de atirar ou de fotografar determinado local. Vale lembrar que, para o uso da câmera em Uncharted, o jogo também utiliza o sensor giroscópio, ou seja, é possível mover o PS Vita com a mão, como se estivesse localizando o alvo a sua frente.

O sistema de mira continua o mesmo, mas os inimigos facilitam mais a sua vida, cumprindo intervalos mais longos entre os disparos. Os analógicos do PS Vita são um pouco mais lentos que os do Dual Shock 3, por isso é mais complicado mirar e acertar determinadas partes do oponente, principalmente a cabeça.

A movimentação é semelhante a de outros jogos da franquia. Drake continua bem ágil para se locomover pelas trilhas, rolar para os lados e correr para se proteger. Entretanto, é preciso se acostumar com alguns bugs nas proteções que o personagem encontra pela frente.

Um show visual

Os gráficos de Uncharted Golden Abyss deslumbraram os gamers desde os primeiros trailers, quando o console ainda não tinha chegado às mãos da imprensa especializada. Com isso, alguns chegaram a duvidar das imagens, enquanto outros ficaram fascinados com o poder do portátil. Hoje podemos concluir que tudo que foi mostrado é real e Uncharted é, sem sombra de dúvidas, o jogo mais bonito para o PS Vita até agora.

Drake possui a mesma fisionomia dos outros jogos da série. Porém, como a aventura se passa antes do primeiro capítulo da franquia, é possível notar um personagem mais jovem. As animações também mantêm o padrão de qualidade da série, mesmo sem algumas figuras conhecidas como Helena e Sulivan.

Os cenários são um show à parte, com excelentes efeitos de sombra e luz. Contudo, é possível notar uma certa "mesmice" ao longo do jogo. Golden Abyss insiste em colocar o personagem dentro de florestas e cidades litorâneas, algo que já foi visto, principalmente, no primeiro jogo da franquia.

Junto com os cenários que pouco mudam, nos deparamos também com muita linearidade.Uncharted nunca foi de deixar o jogador "preso" por horas sem saber para onde ir, mas a rota de escalada fazia com que muitos caíssem em precipícios ou ficassem procurando alguma dica por onde seguir. Em Golden Abyss, isso dificilmente acontece.

Conclusão

Uncharted Golden Abyss é a grande vitrine do PS Vita. Com gráficos incríveis e uma jogabilidade única, o jogo brinca de utilizar todos os recursos do console da Sony. Entretanto, a linearidade, a dificuldade baixa e o roteiro sem graça podem afastar os fãs da série.