sexta-feira, 15 de junho de 2012

Review: Max Payne 3

Review

Quando a Rockstar anunciou Max Payne 3 há alguns anos, a expectativa começou a correr solta nos gamers. Um policial assombrado pelo passado, especialista em caçar bandidos, que teve a normalidade de sua vida interrompida pelo brutal assassinato de sua mulher e sua filha, ganharia uma vida nova depois de tanto tempo?

Nota:
  • 9
  •  
  • 9
  •  
  • 9
  •  
  • 9



Prós
  • Enredo envolvente
  • Multiplayer imperdível
  • Muita violência
  • A boa e velha jogabilidade
Contras
  • Pouca liberdade para explorar cenários
  • Sotaque dos brasileiros nem sempre é paulista
  • Sistema de cobertura pode não agradar a todos









Conclusão
Se você quer passar horas e horas na frente do seu console, enfrentar exércitos de bandidos e comandar um personagem intrigante e sem nenhum compromisso com nada, além de sua própria consciência, mas em busca de redenção, então, seja bem-vindo a Max Payne 3.

Já que, mais uma vez, a Rockstar mostrou um desempenho quase perfeito para criar um game entusiasmante, com alto poder de diversão e capaz de fazer você querer jogá-lo do início ao fim, sem interrupção.


Confira uma prévia do Santa Games para o Max Payne 3:


Max Payne volta às origens e mostra que não vive apenas de GTA.


Nome: Max Payne 3
Gênero: Aventura/Ação
Distribuidora: Rockstar Games
Plataformas: PC, PS3 e Xbox 360
Max está de volta...

Sem nada a perder, Max se enveredou pelo submundo, matando sem dó qualquer criminoso que cruzasse seu caminho. Do mesmo jeito, o anti-herói seguia sua vida de bebedeiras, consumindo remédios, e alguns tipos de analgésicos de forma indiscriminada, aguardando o momento em que a vida seria traída pelo seu próprio corpo.

Depois de tanta espera, Max Payne 3 saiu do forno e coloca você no meio dos dilemas e angústias da vida de um homem cuja idade já começa a pesar. Por outro lado, a habilidade em manusear armas continua a mesma.

Além dele também estar bem sério, e muito mais velho.



Confira os 15 primeiros minutos do game aqui:


Uma grande história, com também muita violência

Quando falamos que um jogo é tiroteio do começo ao fim, você pode ficar com receios, pensando que a história e a profundidade do personagem tenham sido deixadas de lado. Pois esse não é o caso deste jogo, que consegue misturar violência crua com reflexões e dilemas variados.

Em seu terceiro título da franquia, Max acaba sendo contratado como segurança particular de uma família de ricaços da capital paulistana e se envolve com corrupção, tráfico e outros crimes comuns do país do futebol.

Ao lado do amigo e companheiro Raul Passos, Max descobre que no Brasil existem discrepâncias que nós, moradores e cidadãos, estamos acostumados a ver em nosso dia-a-dia. Exemplos não faltam, como ricos morando ao lado de uma favela, o futebol que é adorado como uma religião e policiais corruptos que sempre arrumam uma forma de “ganhar um por fora”.

A Rockstar conseguiu capturar e transportar o clima de filme noir para um jogo. As cenas de corte são fortes e incisivas, sempre narradas por Max e seu jeito debochado de quem que não liga pra nada do que acontece ao seu redor.
Game possui número essencial de armas

Os diálogos, brilhantemente legendados em português do Brasil, são adultos e carregados de palavrões e impropérios absurdos. Max ouve os nativos e não entende o que eles dizem. Ele retruca e o bandido não entende. Na verdade a língua comum no jogo é o disparo de um revólver calibre .38 ou de um rifle AK 47 – idioma de fluência mundial nos jogos de tiro.

São 14 capítulos que, entre idas e vindas, mostram como Max chegou a São Paulo e os motivos pelos os quais ele acabou saindo dos EUA, se envolvendo com a rica família Branco e o submundo do centro financeiro do Brasil. Isso tudo sem largar seu estilo de vida destrutivo, depressivo e melancólico.

Armas: nada além do essencial

Uma novidade interessante neste game em relação a outros action shooters é a forma como o protagonista interage com as armas que encontra pelo caminho. Aqui, ele não carrega um arsenal, mas apenas três delas no máximo: duas pistolas e uma arma de duas mãos (como uma metralhadora ou escopeta).

A alteração dá mais realidade ao jogo, tornando-o mais coerente: quando Max carrega um fuzil e duas pistolas, por exemplo, ele segura uma pistola na mão direita, o fuzil é carregado pela esquerda e a segunda pistola fica guardada; caso você resolva usar os dois revólveres simultaneamente, o fuzil é deixado no chão.

É São Paulo, mas, também não é São Paulo

Antes de qualquer coisa, a cidade de São Paulo não foi fielmente retratada. É mais uma visão poética da Rockstar para contar a história do game. Mesmo não sendo verossímil, é possível ver locais que remetem aos da capital, como o Terminal Parque Don Pedro II, no centro; os prédios de alta classe do bairro do Morumbi, logo ao lado da favela do Paraisópolis e o estádio do time fictício "Galatians".

Max ferido em estádio de futebol fictício do Galatians FC
Algumas outras licenças podem parecer uma viagem de quem usou os psicotrópicos de Max, mas são compreensíveis e até superadas devido à grande trama que faz o jogador aprofundar-se cada vez mais. O resultado final é bacana e até quem mora na cidade vai acreditar que existe uma favela chamada "Nova Esperança" - e manter distância, é claro
Max Payne está agora mais
sério e bem mais velho

Algumas outras licenças podem parecer uma viagem de quem usou os psicotrópicos de Max, mas são compreensíveis e até superadas devido à grande trama que faz o jogador aprofundar-se cada vez mais. O resultado final é bacana e até quem mora na cidade vai acreditar que existe uma favela chamada Nova Esperança – e manter distância de lá, é claro.

Difícil, mas longe de ser impossível

'Sentar o dedo' no gatilho no novo Max Payne é poesia em movimento - e com direito ao bom, famoso, e velho "bullet time".Muitos vão estranhar de usar o botão Círculo no PS3 (ou B no Xbox 360) para recarregar e quadrado (X no console da Microsoft) para usar a proteção. Mas depois de alguns minutos, você estará pulando e atirando como em um filme de Quentin Tarantino.

Sabemos que existem padrões em jogos de tiro, como correr para uma proteção e atirar nos inimigos. A diferença é que 'Max Payne 3' é um game à moda antiga e Max não tem fator de cura: ele ainda usa uma barra de energia para mostrar ao jogador que ele está próximo à morte.

Essa dificuldade não chega ser frustrante. Na verdade, se você morrer três vezes em seguida no mesmo checkpoint, o jogo vai ajudar dando remédios e munição para suas armas. Assim, por mais dificil que seja, você conseguirá passar de qualquer fase.

O bom e velho "bullet time"

Famoso bullet time não poderia ficar de fora não é mesmo?
Tudo fica em câmera lenta, projéteis são disparados das armas atingindo vários inimigos antes que você seja atingindo. Se você já viu "Matrix" ou já jogou algum dos títulos anteriores da série Max Payne, você sabe do que estamos falando, do bullet time.

Ele é o grande recurso do game, e o que consagrou a franquia, é claro que ele não iria ficar de fora do novo Max Payne, e está com todas as possibilidades de sempre.

Confira o trailer legendado em português aqui:


Mas agora a Rockstar conseguiu polir a mecânica para que o jogador não fique enjoado de saltar e atirar inúmeras vezes do início ao fim do jogo.

Mesmo assim, existem cenas pré-determinadas nas quais Max se mostra ser o homem de meia-idade mais em forma que existe. Ele usa cabos, telhados e qualquer outro ambiente para deslizar em direção ao inimigo com o bullet time ativado, dando uma maior carga dramática à cena.

Multiplayer também está muito bom
Multiplayer do novo Max Payne está excelente

Os games online e com vários jogadores são shows a parte, pois conseguem reproduzir todo o ritmo frenético que se encontra no modo single player. Vários modos de jogo, um sistema que libera novas opções conforme você vai alcançando determinadas conquistas e diversas formas de personalização são alguns dos temperos para quem quer se divertir bastante.

Existe alguma de ruim no novo game da Rockstar?

Como todo bom game, sim! Elas não são muitas, mas ainda sim existem. Um deles, por exemplo, os brasileiros não vão gostar nem um pouco.


Paulistas com sotaque gringo?

Que a cidade de São Paulo é formada por gente de diversas partes do Brasil e do mundo, todo mundo sabe. Contudo, a ausência do típico sotaque paulistano na dublagem feita para Max Payne 3 pode desagradar um pouco nesse aspecto.

É claro que a mistura das falas de nordestinos, italianos e diversos outros imigrantes recria "dialetos" o tempo todo, mas, salvo alguns termos utilizados na dublagem, seria difícil compreender que o game se passa na capital paulistana apenas pela fala dos personagens.

Apesar disso, isso não atrapalhará o divertimento do game, até porque nós brasileiros já estamos acostumados com isso em filmes de hollywood, a última vez que isso aconteceu foi no filme Velozes e Furiosos, alguns "brasileiros" com sotaque bem esquisito.


Cabelos: Um pequeno probleminha

A parte gráfica do jogo está muito bem feita e praticamente não há do que reclamar. A ambientação dos locais, a variedade de cenários e os pequenos detalhes gráficos, como a ausência de personagens atravessando paredes, são pontos altos do visual do game, no geral, tudo está muito bonito.

Entretanto, quando o detalhe analisado é o cabelo dos personagens, seja durante o jogo ou durante a exibição de vídeos, nota-se uma física problemática e sem movimentação. Sinceramente, este é um detalhe insignificante e que também não vai fazer a menor diferença na sua experiência de jogo, servindo apenas para provar que nem tudo aqui é perfeito por aqui.

Conclusão

Se você quer passar horas na frente do seu console, enfrentar exércitos de bandidos e comandar um personagem intrigante e sem nenhum compromisso com nada, além de sua própria consciência, mas em busca de redenção, então, seja bem-vindo a Max Payne 3.

Já que, mais uma vez, a Rockstar mostrou um desempenho quase perfeito para criar um game entusiasmante, com alto poder de diversão e capaz de fazer você querer jogá-lo do início ao fim, sem interrupção.

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